Um caso de extrema crueldade e violência contra um animal de estimação chocou a comunidade e foi exposto por uma médica veterinária em Santa Catarina. Um cão resgatado em situação de maus-tratos apresentava sinais de abuso sexual, além de um quadro de saúde muito debilitado.
O caso foi considerado "muito grave" pela profissional que atendeu o animal. De acordo com a denúncia, o cão foi levado à clínica com um visível inchaço na região genital, feridas, infestação de parasitas e estava com fome excessiva, indicando negligência e violência prolongada.
O Resgate e a Avaliação Médica
O animal, que não teve a raça e o município de SC onde ocorreu o resgate divulgados na reportagem original por questões de sigilo da investigação, foi encontrado por ativistas da causa animal, que acionaram o atendimento veterinário.
"A cadelinha estava com um inchaço muito grande na genitália e o comportamento era de um animal extremamente traumatizado e assustado. Os exames preliminares e a avaliação clínica apontaram sinais claros de abuso sexual. É um caso muito grave de zoofilia e maus-tratos," afirmou a veterinária, que optou por não ter o nome revelado.
Além dos sinais de violência sexual, a avaliação completa constatou que o cão sofria com:
Inchaço e lesões na área genital.
Magreza e desnutrição (fome excessiva).
Grande infestação de parasitas (carrapatos e pulgas).
Múltiplas feridas pelo corpo, compatíveis com maus-tratos.
Investigação e Crime de Maus-Tratos
A Polícia Civil foi acionada e iniciou a investigação. Os tutores do animal foram identificados e devem responder pelo crime de maus-tratos, que inclui a zoofilia (abuso sexual contra animais).
A legislação brasileira prevê penas severas para este tipo de crime. A Lei Federal nº 14.064/2020, que alterou a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), estabelece que praticar atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, acarreta:
Pena de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Multa.
Proibição da guarda de outros animais.
O cão está sob os cuidados da equipe veterinária e de ONGs de proteção animal, onde recebe tratamento médico e acompanhamento psicológico para se recuperar do trauma. Posteriormente, o animal será disponibilizado para adoção responsável, em um lar seguro e amoroso.
Créditos (Imagem de capa): Cão em situação de abandono foi resgatado com sinais de abuso sexual em Criciúma Foto: Divulgação/ND Mais
