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CNH sem autoescola' é improvisada e insegura, diz presidente da Federação Nacional das Autoescolas

Proposta que tramita no Congresso visa acabar com a obrigatoriedade das aulas em CFCs para as categorias A e B com o objetivo de reduzir custos; para entidades do setor, medida aumentará a violência no trânsito.

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CNH sem autoescola' é improvisada e insegura, diz presidente da Federação Nacional das Autoescolas
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A possibilidade de tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) sem a necessidade de passar por uma autoescola tem gerado intenso debate entre legisladores e especialistas em trânsito. Para Magnelson Carlos de Souza, presidente da Federação Nacional das Autoescolas e Centros de Formação de Condutores (Feneauto), a medida representa um retrocesso na segurança viária.

Em entrevista recente repercutida pelo portal ND+, Souza classificou a proposta de "improvisada e insegura". Segundo o representante da categoria, a formação de condutores exige metodologia e profissionais capacitados, algo que o ensino "caseiro" ou por instrutores independentes não garantiria.

O que diz a proposta

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O Projeto de Lei (PL 6485/2019), de autoria da senadora Kátia Abreu, propõe o fim da obrigatoriedade de frequentar aulas teóricas e práticas em Centros de Formação de Condutores (CFCs) para obter a CNH nas categorias A (motos) e B (carros de passeio).

O principal argumento do projeto é a redução de custos. A justificativa é que o valor atual para obter a habilitação é proibitivo para grande parte da população brasileira, e que a obrigatoriedade das aulas encarece o processo sem necessariamente garantir a qualidade dos condutores.

Pelo texto, o candidato poderia optar por aprender a dirigir com um instrutor independente (credenciado pelo Detran) ou até mesmo com familiares, desde que estes cumpram certos requisitos de tempo de habilitação e não tenham infrações graves.

Críticas do setor

Para a Feneauto, comparar o ensino da direção veicular com outras modalidades de ensino à distância ou domiciliar é um erro. A entidade argumenta que o trânsito envolve riscos diretos à vida de terceiros.

"Não se trata apenas de passar a marcha ou estacionar. O processo de habilitação envolve legislação, direção defensiva e cidadania. Deixar isso na mão de quem não tem pedagogia é criar um trânsito ainda mais violento", afirmou Souza.

Pontos críticos levantados pela Feneauto:

Falta de estrutura dos Detrans: Segundo a federação, os Departamentos Estaduais de Trânsito não possuem estrutura física e de pessoal suficiente para realizar exames mais rigorosos que seriam necessários caso a formação não fosse certificada pelas autoescolas.

Vícios de direção: Aprender com familiares pode perpetuar "vícios" de direção e desrespeito às normas, que são corrigidos durante a formação profissional.

Segurança dos veículos: Os carros de autoescola possuem duplo comando de freios e embreagem para evitar acidentes durante o aprendizado, item que veículos particulares não possuem.

A questão do preço

Sobre o argumento de que as autoescolas são as vilãs do preço alto da CNH, o presidente da Feneauto rebate dizendo que a carga tributária e as taxas governamentais são as maiores responsáveis.

Segundo o setor, os custos envolvem:

Taxas do Detran (emissão, exames médicos e psicotécnicos);

Manutenção de frota e combustível;

Salários de instrutores credenciados;

Impostos sobre serviços.

A entidade defende que, para baratear a CNH, o governo deveria isentar taxas e impostos, em vez de desmontar a estrutura de ensino existente.

Entenda a proposta da 'CNH Social' e alternativas

Enquanto o projeto de fim da obrigatoriedade das autoescolas tramita lentamente, alguns estados brasileiros adotaram programas como a CNH Social, que oferece a habilitação gratuitamente para pessoas de baixa renda.

O que é: Programa estadual que custeia taxas e aulas.

Quem tem direito: Geralmente beneficiários do Bolsa Família e desempregados.

Abrangência: Não é uma lei federal, dependendo da adesão de cada governador.

Atualmente, o projeto que visa acabar com a obrigatoriedade da autoescola segue em análise nas comissões do Senado e não tem data prevista

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