Uma nova virada no tempo promete castigar estados do Sul e partes do Sudeste e Centro-Oeste nesta sexta-feira (12). Apenas 36 horas após a passagem de um ciclone extratropical, uma nova frente fria, impulsionada por uma área de baixa pressão, traz alerta de perigo para tempestades severas.
Segundo dados meteorológicos compilados, os acumulados de chuva podem chegar a 200 milímetros em pontos isolados até o fim de semana, com foco crítico nas divisas entre Santa Catarina e Paraná.
O que esperar da "dupla" meteorológica
O cenário é de "combo climático". A atmosfera, ainda saturada pela umidade deixada pelo ciclone anterior, recebe agora um novo sistema de instabilidade.
Chuva volumosa: O acumulado de 200 mm em curto período equivale à média de chuva esperada para o mês inteiro em algumas cidades.
Riscos associados: O solo encharcado aumenta drasticamente o perigo de deslizamentos de terra, além de alagamentos repentinos (enxurradas) e transbordamento de rios.
Ventos e Granizo: Há condições favoráveis para quedas de granizo e rajadas de vento que podem superar 70 km/h.
"A atmosfera saturada pela frente fria associada ao ciclone favorece nuvens profundas, capazes de gerar tempestades e transtornos que mantêm diversos municípios em alerta", alertam os meteorologistas.
Impactos em Santa Catarina e Paraná
Em Santa Catarina, a Defesa Civil emitiu alertas para todas as regiões, mas a preocupação é maior no Litoral Sul, Planalto Norte e Vale do Itajaí. A sexta-feira já começa com tempo fechado e a chuva ganha intensidade ao longo da tarde.
No Paraná, o extremo sudoeste do estado está na rota das tempestades mais severas, podendo superar 100 mm apenas nesta sexta.
Efeitos no resto do país
A instabilidade não fica restrita ao Sul. O avanço das nuvens carregadas coloca outras regiões em estado de atenção:
Sudeste: São Paulo e sul de Minas Gerais podem ter pancadas fortes, embora com volumes menores que no Sul.
Centro-Oeste: Mato Grosso do Sul tem risco de tempestades isoladas devido à alta umidade vinda da Amazônia (rios voadores).
Recomendações da Defesa Civil
Para os moradores das áreas de risco (encostas, margens de rios), a orientação é de atenção máxima:
Fique atento a inclinação de postes e árvores.
Jamais atravesse ruas alagadas ou pontes submersas.
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